Voltei pro rancho já de madrugada Roxo de canha e troncho de alegria Passei a noite farreando no chinaredo Uma farra grossa numa pulperia Gastei uns pilas que ganhei domando Amanha mesmo já ganho de novo Lavo as ‘’viria’’ e troco de pilcha E me entrevero na farra do povo Até parece tomei cantalia Ou comi fritada de ovo de avestruz O chinaredo corre escagassado Que nem o diabo correndo da cruz Tive no rancho uma venta rasgada Não aguentei o jeito da bruaca Uma tinhosa mais louca que eu Que se limpava com o fio da faca Mandei que fosse pro rincão do inferno E nunca mais volta se aqui de novo Estou muy bien e vivo encastissado Com o chinaredo que tenho no povo Se uma dispara outras chegam perto Acostumaram a lamber sal no cocho Uma me alisa e conta pras outras Que eu sou cuiudo e tenho aquilo roxo Vou repassando de uma por uma Pra que nem uma fique descontente As mais criadas engrossam o pescoço Choramingando e ringindo dente As mais novinhas mais a ressabiadas Eu tenho calma e lido com jeito Eu vou passando a mão no cogotilho E deixo babando na maça do peito Tive no rancho uma venta rasgada Não aguentei o jeito da bruaca Uma tinhosa mais louca que eu Que se limpava com o fio da faca Mandei que fosse pro rincão do inferno E nunca mais volta se aqui de novo Estou muy bien e vivo encastissado Com o chinaredo que tenho no povo