Deixei a roça também o cabo da enxada Para meu povo hoje eu canto da cidade Meu mundo lindo esta no som desta viola Cantando eu mato a tristeza e a saudade Cheguei fervendo trazendo pagode quente Esquenta o mundo com a minha cantoria Mulher bonita que só tem coração duro Eu amoleço com a força da poesia Não sou bombeiro e apaguei muita fogueira Não tinha água eu jogava gasolina Eu amoleço carne seca na água fria Eu tiro a meia sem tirar o pé da butina Sem da um tiro só vivo ganhando guerra Dirijo a noite não preciso olhar no espelho Meus dois faróis sempre foram vaga-lumes Paro no verde e atravesso no vermelho Se o destino me mandar cama de pregos Faço virar um belo colchão de mola Se uma rainha me manda pra guilhotina Eu viro o laço carrasco não me degola Cruzeiro velho viro cinza na fornalha Dinheiro novo é o dono do mercado Nosso real já nasceu valendo um dólar Cantando eu peso pra não ver o real queimado