O azar quando é demais vai até chegar na sorte Quem tem a vida comprida vive distante da morte Pra usar arma de fogo é preciso ter o porte É engraçado esse mundo pra sujeito vagabundo A ferramenta é ruim de corte. O inhambu perdeu o rabo nunca mais vai encontrar A cobra anda de arrasto por não poder levantar Conheço sapo de fora no jeito dele chiar Catireiro sapateia tem burro que só troteia Eu monto e faço marchar. A cadeia bem fechada o malandro não escapa O carro de boi ferrado na estrada não derrapa O lampião foi valente eu tirei brigo no tapa No fim da conta é a soma quem tem boca vai a Roma Não precisa ler o mapa. O banquete de granfino cem mil cruzeiro é barato O cachorro enjeita osso quando ele tem bom trato Eu sei dar o nó na peia se for preciso eu desato Fofoqueiro faz intriga aonde dois touros brigam A grama é que paga o pato.