Um sul de verdade campeia em meus olhos De bota e bombacha, montado a capricho De alma amansada, curtida da lida Com a doma da encilha na ponta dos cascos Um sul de verdade galopa comigo Sujeitando o pingo nas cambas do freio Sovando os arreios nas léguas do pago Reunindo o gado num pelado de rodeio Que tal um abraço, compadre de mate Permita um aparte, sem muito floreio Tirando os terneiro, as vaca de leite O resto a gente rebanha pra o lado Sentado nas dobras do basto Pensativo, com a hora por fazer Me agrada uma sombra de mato Um cusco atirado e um violão pra escrever É o Rio Grande, gauchada amiga De bota e bombacha, tapeando o sombreiro Dobrando os pelego, tapado de terra É um quebra-costela de atorar ao meio É o sul mais campeiro que temos na vida É a nossa porfia de prosear no galpão