Me sinto bem num ranchinho beira chão De prateleira e pilão e as paredes de barro Tempo de frio sentado à beira do fogão Cavalgar no alazão é bem melhor que um carro Como é gostoso o feijão com Cambuquira Arroz e frango caipira as nove horas exatas Pois eu não faço qualquer discriminação Do João de pé no chão de um fulano da gravata Eu gosto muito do ambiente sertanejo É no caipira que vejo a paz e a felicidade Eu sou nascido e criado em mansão Mas no João de pé no chão eu vejo a sinceridade Calça de brim e camisa de algodão Lá no casebre do João não tem colchão de mola De tardezinha quando chega do roçado Aquele homem cansado se disfarça na viola Ele me diz o senhor seja bem-vindo Como é bom estar ouvindo a conversa do roceiro Fala do campo do murmúrio da cascata Enquanto o da gravata só se fala em dinheiro