Cada cor Tem um mistério, um sabor É assim: Pode ser ou bom ou ruim Demorô, vamo de Love Supreme Sem blasé, bom é pegar e viver Nas encruzilhadas da vida Perdeu o teu sono e tua fome Nas encruzilhadas da Vida Tu pena, tu cresce, supera o teu nome A briga fecha o cruzamento O anúncio te ordena que vença O artista recita o lamento O mais velho me disse: Criança, isso é crença É Foda que às vezes é punk E aí é “já é ou já era E até que esse sangue estanque Não tem outro jeito, é seguir na sincera Granitos do Rio de Janeiro O grito, o berro pelo aterro O machismo do seu companheiro Que tenta, mas erra e não vê esse erro Já chorou muito, mamãe Já sofreu muito, papai Agora vem cá ver a Vida Vambora que a hora é de ver de qual vai Ai! Me encareta, Jesus! Será que pecado tem luz? Me ajude a ver meus privilégios E àquilo que prego poder fazer jus Não quero o melhor do pior Não é por vingança ou por sangue Relaxa que atrás tem melhor E uma coisa ainda pulsa na mata e no mangue A Vida nos chama, meu bem Com tudo que ela já tem Vitória, derrota, união Com rede, com dengo, com gol do mengão Pra ressignificar Eu lírico lúdico sim Só mesmo o amor é humano E o mundo não é tão binário assim Cada cor Tem um mistério, um sabor É assim: Pode ser ou bom ou ruim Sem caô, vamo de Love Supreme Sem blasé, bom é pegar e viver Cada cor Tem um mistério, um sabor É assim: Pode ser ou bom ou ruim Demorô, vamo de Love Supreme Sem blasé, bom é pegar e viver