Eu vi teus passos se perderem Tuas mãos buscando o que não preenche Te chamei tantas vezes pelo nome Mas o vento levou minha voz As noites eram frias e longas No travesseiro, só lágrimas e orações Perguntei a Deus onde estavas E Ele me respondeu: Ainda sou teu Pai Eu via tua sombra nas esquinas Nos rostos cansados da multidão Cada notícia de um perdido Fazia meu coração tremer de aflição Mas nunca deixei a porta fechada Nunca parei de preparar a mesa Eu sabia que a graça ainda te cercava Que Deus guardava tua vida indefesa E então, um dia, te vi de longe Os olhos baixos, os passos incertos Mas antes que pudesses dizer palavra Te abracei, e em pranto caímos ao chão O céu celebrou tua volta O meu peito se encheu de paz Pois quem um dia esteve perdido Agora encontrou um novo lar Filho, eu nunca deixei de te amar E Deus nunca soltou tua mão O amor sempre espera, sempre crê E hoje, enfim, te trouxe pra casa