Tem cacos da minha história nessa estrada Como fatos que eu não sei explicar Pondo em dúvida as cores do meu dia Escurecendo o beco onde posso me encontrar Não sei como escrever as perguntas que me fazem Não sei sobre o meu passado que naufragou Só sei que tem um futuro ali adiante E um caminho que eu vou seguir Mas cada dia é um portão que eu tenho que abrir Às vezes são como muros que tenho que saltar Mas cada dia é um portão que eu tenho que abrir Às vezes são como muros que tenho que saltar Tem pedras enormes Às vezes salto Às vezes contorno E no momento há raios e trovões Mas eu gosto mesmo dos tempos de sol Em breve receberei o primeiro prêmio Mas os sacrifícios até lá são dolorosos E aquecem minha pele Fazendo o sangue brotar debaixo dela Sou pedra com alma Dependo de tudo e de todos Mas ninguém vai entender o que eu digo Sou pedra com alma Dependo de tudo e de todos Mas ninguém vai entender o que eu digo Tem pedras enormes Às vezes salto Às vezes contorno E no momento há raios e trovões Mas eu gosto mesmo dos tempos de sol Em que os portões estão abertos...