'Preste atenção e vai ver que eu não falo besteira...' Corpo jogado em meio as traças que se alimentam de amor despetalada a flor, ganhou um arco íris sem cor Até nunca mais cúmplice do mal leva os seus traços Porque ódio, é quente, brinca com a mente e a deixa em pedaços Só vi maldade encarnada, pra mim não vale mais nada Enxerguei luz nessa estrada em que a vida tava apagada Se escorre a lágrima algo muda por dentro tem certas coisas que se aprendem somente com o tempo Mas ora o vento persiste e tenta me arrastar, Sufoca a favela sob as estrelas o luar um tanto quebrantada, mão amiga esquiva e não salva mas convite pras baladas, maconha, roubar não falta Se a esmola é demais prevejo que o final é óbito nutrido à base de sua falta de amor próprio Pra que reinvindicar se o calcanhar de auiles manca e todo mundo se esquece na festa que o governo banca? É diversão à milhão e a frustração conquista amantes Na overdose de ilusão não há seqüela irrelevante só auto-estima falida e enquanto a noite vai caindo outros bebem da água de esgoto que o cão oferece rindo Inimigo na emboscada não diz que vem pra matar vamo que vamo, Cinderela, mostra essa cara da Bruxa do Mar Beijo doce, coração podre, amaldiçoada, aqui estou de alma lavada e pé na estrada O sonho da flor o sol não iluminará Dorme neném que o bicho não vai pegar, então Dorme neném que o bicho não vai pegar Dorme neném que o bicho não vai te pegar O sonho da flor o sol não iluminará Dorme neném que o bicho não vai te pegar, vai lá Dorme neném que o bicho não vai pegar Dorme neném que o bicho não vai te pegar Foi triste pensar em entregar o rio pras piranhas denominado parasita, inválido não move montanhas. Porra! Oportunidade pro cão: vaidade na cena. Coisas de um mundo que ilude, envenena, coloca algemas São muito pra julgar ninguém pra ajudar afinal a lei do cada um por si define a presa e o chacal quem é quem cê só vê de cara atolada na lama Babilônia de pé por cinqüenta justos que Deus ama (vide Gn. 18, 22-33) E cê reclama!? Mas nem sempre abandonou o álcool, as vadias, as drogas e a depressão te cobrou Ei, deixa pra quem quer minha vitória eu vou alcançar sem depender do fantasma do sistema pra me assombrar Mas um milhão de volts cê sente quando olha ao redor: coquetel tarja preta de alienação aos menor seja nos bares, nas esquinas, nas tentações, na ruína, nos baile funk lotado o sistema opera e domina Talvez você pense em sossegar o gatilho se eu te falar quantas minas de catorze trombei com filho e essa bala que vai um dia volta pra te invalidar exemplos é o que não falta mas você insiste em ignorar. O sonho da flor o sol não iluminará Dorme neném que o bicho não vai pegar, então Dorme neném que o bicho não vai pegar Dorme neném que o bicho não vai te pegar O sonho da flor o sol não iluminará Dorme neném que o bicho não vai te pegar, vai lá Dorme neném que o bicho não vai pegar Dorme neném que o bicho não vai te pegar 'Mas aí, se a demanda da maioria é os top, é diversão desenfreada, não tem o porque da midia não dar o que o povo quer; ninguém vive só de consciência e discurso. Não vejo problema nenhum em rádio e televisão e tem mais um gole de cerveja não mata ninguém!' Tá bom, Ta certo... Se pra você é aceitável um tipo de bem que faz mal que atiça a libido e compromete a sanidade mental Causa e efeito! A omissão de socorro é um revólver descarregado na menina desvirginada aos nove Se me dão maresia o resultado vai residir no aluno de quinta série que não sabe subtrair E depois pinta o cabelo, atola o chapéu: vergonha da cor, da roupa que veste Falta de cultura e o futuro obscura pois tudo o que sobe desce Você defende o diabo, diz, o que ele fez por você? Desembaça os olhos pra ver que o reino só tende a crescer! Não se interessa no que eu falo mas vai me dar razão morto se quem morre de raio não escuta o trovão Precocidade é modernidade e eu sou antiquado Na mãe que quer a filha promíscua eu vi o mundo acabado! Vai, afia a lâmina se não é o seu sangue na faca As famílias destruídas provam que mesmo um gole mata! Me importo pois nascemos no mesmo campo de ervas daninhas não se deixa banhar nesse sol pois apaga um dia. Ei, flor, por isso seu sonho não ganha vida. No fim o bicho vai pegar; foi Cassiano quem falou pra mim: 'Se não for a ajuda de alguém ela vai, claro que vai despetalar, morrer. Ninguém quer morrer' E eu digo assim: O sonho da flor o sol não iluminará Dorme neném que o bicho não vai pegar, então Dorme neném que o bicho não vai pegar Dorme neném que o bicho não vai te pegar O sonho da flor o sol não iluminará Dorme neném que o bicho não vai te pegar, vai lá Dorme neném que o bicho não vai pegar Dorme neném que o bicho não vai te pegar