Doce, quando especialistas já a muito tempo haviam desistido Na estrada da vida abandonado acompanhado só da solidão Mistério Tão doce pra quem se sente farrapo a margem de vida mal costurada Um vaso partido que já não tem serventia mais pra nada Mistério Qual seu interesse em trapos Cântaros que já não cantam mais Os meus pés tão sujos repugnantes Parecem não te afugentar Nem a vida, nem a morte, a poeira Podem me separar, do teu amor Quem sou eu pra ter tua atenção Te bem direi, proclamarei, que és minha salvação Doce, o pano torto em seu ombro Obra prima de alfaiataria Vês valor num vaso Que no mundo ninguém mais se importaria Mistério, tão doce Mistério, tão doce