Entre ruas e vielas sujas Ele segue o seu compasso Apressa o passo e ao pensar na vida Saca logo um novo maço A luz vermelha, o perfume barato E um sorriso falso como tem que ser São tantas delas perfiladas Como porra ele vai escolher? No quarto, qualquer puta, pura ilusão Ele, inconsciente, reticente, já nem sente o chão (No final) outra noite, outro rumo, outra vez (Afinal)quem falou que isso é o fim? Entre mesas de bilhar imundas Prosa sobre sua rotina O rabo-de-saia da raimunda O velho dominó lá na esquina Depois do jogo vem a cantoria Uma viola empresta um tom a dor O do bigode mostra valentia "Baixa esse revólver, faz favor" A bala rasga a pele, leve, de raspão Ele, encurralado, confrontado pela indagação (No final) foi-se a noite, vai-se a vida, dessa vez? (Afinal)será que isso é o fim?