Não entendo as mazelas do amor Nem o nó que a paixão não desata Nem carinho sincero a se opor Que, ao contrário de atrair, afasta Não me agrada ser tão verdadeiro Já que a grande amizade não basta Amizade que é amor primeiro Sempre tão dolorida e nefasta Não entendo os mistérios da dor Nem porque, de tão sutil, maltrata Nem, tampouco, todo o dissabor Dessa dor que me fere e devasta Não posso cometer desatino Já que o esforço que é vão só desgasta E insistir em fugir do destino Torna a vida sem sentido e exausta