Fazia um tempo que a Lua vinha mudando de cara E a cada dia passado a noite vinha mais clara Era o recado que o campo pra uma corrida invitava Já que as mulita e os crioulo o mês de abril engordava Já de vereda agarremo as precisão da caçada Duas botella de canha e a pá no ombro escorada! Pra um caçador de campanha meia palavra é sagrada É quando o instinto avisa e as trampa já tão armada! Larguemo de atrás dos cusco que iam mostrando o rastro Cheirando a graxa escondida na curvatura do casco Por algum tempo deu certo depois os cusco cansaram Perdemo cinco mulita porque os tachorro floxaram! É triste quando o cachorro fica sestroso e não bóca Porque borracho não deve bracear pra dentro da toca! É sempre grande o delito onde todos andam al pedo Por não muito sobra pá e por nada falta me um dedo! Tragueado metemo os braço mas não pegamo mais nada Só o perfumoso regalo de uma zurrilha emprenhada No vai e vem da de corte até saquemo uns peludo Mas refugamo a bolada que os tipo comem defunto! Voltemo a toa pras casa qual vara verde no vento Não semo bom nessa lida mas o que vale é o intento Hoje só tomamo as canha que esta vida nos entrega Mas larguemo da caçada pois correr mulita empeda!