Quando agarro o estradão Lembro do velho tropeiro Que cruzava madrugadas Tendo o luar por parceiro Pois mal sabia este quera Que meu Rio Grande altaneiro Lhe reservava memória Na poesia dos campeiros Eira boi, eira boiada E lá se vai o tropeiro Eira boi, eira boiada Tocando a tropa parceiro Eira boi, eira boiada Lembranças que o pó da estrada Deixou pra o neto gaiteiro Parece que aqueles bois Querem que eu seja estradeiro Em meus sonhos sigo a tropa Mas não enxergo o tropeiro E sigo junto à boiada Cortando o pó do estradão Pois sinto o velho tropeando Dentro do meu coração