De saltar cedo tenho o sono calejado E os sonhos todos domados Pelos pealos que tomei Nas madrugadas Conversando com o amargo Vejo meu mundo emalado Nos arreios que montei Cordas sovadas Como eu pelo serviço Honrando meus compromissos Com a palavra de esteio Não é que plata Tome conta do meu mundo Mas é que aqui nesses fundo A coisa aperta de bolso cheio Meu basto Paysandú Quatro cabeça baixa Que eu sento um pelegão De esconder bombacha É o trono de monarca que o suor me deu Cuidando campo alheio como fosse meu! Laço nos tentos E os aperos de campeiro Que não tem muito floreio E são feitos por eu mesmo E os meus cavalos Todos são do meu estilo De tranco leve e tranquilo Pra'o conforto do andejo Nas invernadas Conheço bem os caminhos Dos matos que tem espinho Ao gado que salta aos olhos Cuidando estância Envelheci campereando Fazendo parte do campo Sem ter parte no cartório