A Rio Belo faz do inferno sua folia Na euforia do prazer de infernizar E bota fogo, incendiando essa Avenida Não se arrependa, pois agora vou falar Sou profano Tenho algo a revelar Já fui anjo De luz e fé, o mais lindo de lá Fui expulso De um pé na bunda aqui em baixo vim morar Meu reino é quente! É pura combustão! O que falam de mim é invenção! Sete peles, coisa ruim, o cramunhão Capiroto, o tinhoso, sou o cão Sou o canhoto, o chifrudo Tantos nomes vão me dar Se sua mente tá vazia, dizem que moro por lá Que situação Olha eu vim parar?! Rejeição comigo não deve brincar Disseram que sou folião, crianças vou apavorar Seu disco ao contrário eu vou rodar E nesse inferno de vida Tanta gente escondida Na face da moral e bons costumes Mas por favor, não diga que seu pão amassei Eu sou o Diabo! Calorosamente sou um rei! Hoje, a Império abraçou meu manto! Não adianta me excomungar Pode criticar, eu sou mundano Sua alma eu vou carregar!