Arte do sertão em causo popular Nas bandas do Ceará, patativa Das dores em um chão ardente Se vestia de fênix onde alumia Frente a dissabores e espinhos Sua prosa é o caminho pra vencer a dor Lágrimas regam a prece De um povo que não perde a fé No poeta sonhador E nesse verso, cabra macho arretado Seu destino questionava nessa terra de luar O aperreio dessa gente sertaneja Apegada em milagres é prumada a idear E nessa sina, cearense assombrado Despediu-se, enlutado, rei da roça resistiu! A louvação, raiz que chora a vida Parceiro da agonia, matuto seguiu! Assaré, poesiando de lá Dos rabiscos de papel No agreste, inspiração Assaré, cantarolando de cá Seus protestos em cordel Rebeldia da canção Traz a coroa de reis! Dança, meu boi-Ceará! Que o meu Império, hoje, vai te coroar! Tem forró e fantasia eternizando Seu Antônio Versejo em alegria do amor que componho Chorei mais a sanfona aos pés do senhor Legado do pássaro que voou