Ancestral tupinambá! Um guerreiro anti servil Sou a taba de lutar pela Aldeia do Brasil Pela honra desse chão! Por um novo amanhã Originária Bangú, Marakanã Vibra! Quando maraca brada jabebiracica É o passado e o futuro feito espelho Corpo Vermelho tinge o branco da história Sombrio! De senhorio me fizeram despejado A cruz na vela me tornou escravizado Na avidez de tomar tudo o que é meu Quem é teu Deus? Que me deixou sangrar à terra do cocar Em nome dele quase me exterminar Sem piedade ou perdão É marco do tempo que há tempos Escrito com sangue nas mãos Enfeitam o conto da constituição Teu garimpo envenena O teu fogo me consome Mais um dia teus herdeiros Passarão a minha fome Auê! Auê! Sou coragem que não tarda Contra o capitão do mato que hoje em dia veste farda Aue aueee Sou a arte em voz sedenta A raiz que dá a cura, a cultura que sustenta Sobreviver é bem mais que sonhar É o dom de ministrar o pertencer Um tributo a Darcy! Marechal do resistir O amor a reerguer A esperança é devolver o que nos resta Pois a solução do mundo, vem do povo da floresta