Agô, meu pai, agô Ao povo da mata, proteção Na vida em busca do sustento, muié A cantoria dá o tom A preta e a índia iniciaram Essa tal de catação É fé que nunca faia Coragem na batalha Axé no coração Quebra côco, quebradeira Ô quebra côco com orgulho de quebrar Okê arô, é Odé lá na palmeira Mutalambô, Oxóssi a te guiar Babaçu É sangue na veia da catadeira Que jamais arreda o pé Resistência, fruto farto do lugar Patrimônio, Rei a preservar Semente que vira tudo Riqueza que a terra dá Beleza que ganha o mundo, um lindo futuro Madalena, filha do Maranhão Quem é da Vila, foge da luta, não Moça bonita, segura o balaio Hoje tem festa à luz do candeeiro Pérola Negra, jóia rara Bate tambor no pé do babaçueiro