[Enredo: Do Canindé Ao Samba no Pé A Vila Madalena Nos Passos do Balé] É carnaval, a minha Vila contagia A joia rara te convida pra dançar O som da mata ecoou em sinfonia A revoada cortando o ar Das águas, o bailar da sutileza Celebrando a natureza O índio cantou e dançou a noite inteira Da fé rituais em louvor, ô, ô Com cheiro de mato, o som da viola embalou Negro firma o batuque na palma da mão Vem no toque de Angola, levanta a poeira do chão Fazendo festa pro seu rei coroar Semba ioiô, samba iaiá! Ê sanfoneiro, puxa o fole bem ligeiro Pra folia começar Bate zabumba e pandeiro Tem quadrilha no arraiá Nas ruas o povo espalha alegria A boemia encontra o seu santo lar De portas abertas a cultura Ritmando a mistura da arte popular Olé, olé, olé, olá Faz mais um eu quero ver a galera delirar E nesse embalo lá vou eu Na Vila Madalena samba até quem já morreu É na ginga da dança que eu vou Solta o corpo e balança, amor Vem ver como é que é, samba na ponta do pé Pérola Negra vem nos passos do balé