Vem, esqueça a dor da vida nos meus carnavais Ramos de harmonias imortais Do cacique mais brasileiro É samba de roda Pra ver a coroa brilhar Firma na palma da mão, faz esse povo sonhar Se estou longe o tempo não passa Saudade abraça o meu coração Lá onde a poesia é raiz Pisa o chão uma tribo de bambas O samba floresce da tamarineira Na quarta-feira desperta o nativo matiz Abraça o subúrbio a inspiração E abençoa são sebastião De arco e flecha o meu protetor, oke arô Vou festejar As mãos que unem orum ayê Mãe menininha do gantois Preceito que incorpora a magia do axé A força guia seus filhos de fé Vem sambar Nos braços de um banjo até de manhã Chamando o repique pra não silenciar nossos tantãs No sonho de Beth o samba agradece Nos palcos, na tela, escreve o compasso Até ao espaço vai o partideiro Quintal do meu Rio de Janeiro