Parace criança, ele, deitado ali, Fazendo sua festa pra se divertir Trancado no quarto -ao despercar do sol- Brincando sozinho embaixo do lençol Após desfrustar do gosto da maçã, O amargo da culpa e os blefes de satã, Se pôs de joelhos pra se confessar Pois aos olhos de Deus não a o que se ocultar... Um terço gastado (agora um pouco mais!) repousa entre as maos de alguem que não tem paz O homem de Deus - que a igreja consagrou- Compreende por fim quem não conhece o amor... Duas velas prendidas iluminam a cruz da qual testemunha os olhos de Jesus Um padre cansado e já sem vocaçao Botou o pé na estrada em busca de emoção.... Primeiro alugou um quarto de pensão, Tomou um vinho tinto pra aliviar a tensão, Pagou uma prostituta pra lhe acompanhar E abusou do pecado pra se exorcizar No dia seguinte despertou-se em paz, saiu da cidade - às preces - e aliás, sonhando com a mulher que iria se casar, com a casa modesta e filhos pra criar Que atire uma pedra quem Nunca quis fazer amor! Nos extintos e nas paixoes Não existe amputação.