Um arco, um arpoador Um mastro a se levantar Uma corrente de vento Um raso pra mergulhar De uma semente se espera Uma estrada um estradar Das coisas que me fascina Não posso me afastar Meu porto é onde eu quiser Estar estando querendo Viver o que há de viver Cantar o que é de sentir Desobedecer o imposto Sonegar a alienação Caminhando acredito Posso chegar mais além No mais cada ser é seu guia Comandante do próprio nariz No alvorecer das fendas Meu sangue espreme o pano Meu ar aquece os medos O céu não alcança meu salto O rio nada no meu peito Envolto de seus mistérios É claro que sei onde estou Se alguém se perdeu foi tempo Cansado de tantas manobras Está descansando de mim Rebubinando seus pulmões Reprogramando outra rotas Quem prefere os fatos não as rimas Deve ter a vida chata Quem tem rima sente as nuvens Se alimenta nas palavras Debruçado sobre o encanto Encantando a si mesmo