Ali vem um desses tauras Que no calor das refregas Forjou-se sobre o cavalo Teve a pampa por escola A lança, a espada, a pistola E o tino para guiá-lo Não sendo dono da terra Peleara como se fosse O senhor das sesmarias Esquartejando horizontes Redesenhou mil confrontes Nas épocas mais bravias E vai essa rude estampa Mescla de raiva e carinho Bravura abrindo caminho Que a liberdade é um chamado Que a liberdade é o chamado Num ajuste fratricida De contas que nem são suas Verdades galopam nuas No pago sendo espoliado Vai ser o diacho lá diante Talvez a morte levante No flanco de um descampado Com sorte sobra-lhe a vida E as cicatrizes sortidas De um direito conquistado E do decênio cruento Que resta ao tempo e ao vento Lições pra se repensar Quem sabe o futuro entenda Que se resolvem contendas Noutras formas de pelear Quem sabe o futuro entenda Que se resolvem contendas Noutras formas de pelear E vai essa rude estampa Mescla de raiva e carinho Bravura abrindo caminho Que a liberdade é um chamado Que a liberdade é um chamado Que a liberdade é um chamado