Eu perguntei pro burocrata se podia autorizar Esta singela bagatela de negocio popular Ele tirava um raio x da minha face impopular Enquanto eu gesticulava com a fé que só Deus pode me dar Quem gosta de samba é meu vizinho Quem gosta de samba é trovador Quem gosta de samba é meu vizinho Quem gosta de samba é trovador Assim dizia o burocrata com a falácia de um doutor E o olho fixo ritmado acelerado no seguinte trovador Dancei um tango, um bolero e até um rock’n’roll Ele me olhava impaciente e repetia, por favor, oh meu senhor Quem gosta de samba é meu vizinho Quem gosta de samba é trovador Quem gosta de samba é meu vizinho Quem gosta de samba é trovador Saindo de fininho Cabisbaixo, sorrateiro, velho chato! O que é que eu vou falar? Se eu disser que acho que não! Se eu disser se Melhor que não ficar calado sem dinheiro pra sambar Sem a maria? Sem a alegria? Do ganha pão de cada-a-dia e da folia? Seu burocrata, cê quer saber? Seu burocrata, ‘cê quer saber? Ah, seu burocrata Quem gosta de samba sou eu vizinho! Quem gosta de samba é meu amor Quem gosta de samba sou eu vizinho! Quem gosta de samba é meu amor Foi no barzinho da esquina com a Maria que ele concordou Mais um chopinho bem gelado, seu garçom, desesperado ele argumentou Com a gravata afrouxada nervosinho intensamente confessou Enquanto olhava fixamente pra patroa daquele trovador Que gosta de samba também vizinho Eu gosto de samba, ah, sim senhor! Que gosta de samba também vizinho Eu gosto de samba, ah, sim senhor! Ah, vem pra roda Eu disse que gosto de samba, eu disse! Eu disse que gosto de samba, sim… Eu disse que gosto de samba, eu disse! Eu disse que gosto de samba, sim… Eu disse que gosto de samba, eu disse! Eu disse que gosto de samba assim