Das obras que sopras o vento A brisa avisa os dias leves voltarão Revelado e velado momento As sementes semeadas árvores cultivarão Estações de trem, estações do ano Ao meu plano infinito e circular Estarei de partida, garrafa aos oceanos Se me lembro, o Sol de setembro está no mesmo lugar Das sobras e dobras do tempo espaço O universo em verso recita o dia Um novo sonho, outro pedaço Como preguiça, como sujo na pia Me deixo que levem, lento riacho Ao meu despacho infinito e circular Estarei de chegada, alguns dias eu acho Mesmo de carona, não me abandona o nosso lar