Era bem cedo pela manhã Quando um homem em seu cavalo montou Numa estrada esburacada que atravessa o nada Ao seu lado um vazio, em seu peito solidão Passaram dias, noites se foram E o homem do seu cavalo apeou Num pedacinho de chão, onde a Lua faz clarão E aquela velha sensação foi preenchendo o coração Em seu rosto o semblante De quem busca o amante que se foi e não voltou Não voltou jamais E nos cartazes uma mensagem Com o seu rosto estampado e um valor Forasteiro procurado! Seja recompensado! Traga vivo e leve o troco, traga morto e leve o dobro Com uma arma e muita dor Ele avança sem piedade e com fervor Em sua mira um Xerife e também um Delegado Cujas armas dispararam e mataram seu amor Uma dupla malfeitora Que se amava e tomava todo ouro Toda riqueza Bandoleiro e Atacante Dois comparsas apaixonados Criminosos boçais O sangue escorre por suas mãos Bandoleiro não concluiu sua missão O Xerife muito ágil, disparou muito rápido E o plano de vingança era falho e não vingou