Onde perdeu, eu já sei, trago aqui Não é nada que eu possa tocar… Ahh Quando me vi, livre, percebi Não há lar pra onde possa voltar Espelhos da alma, herdeiros da dor Presa memória, cativa pela cor Som da desilusão Me agarrei, ao que eu sei, pra fazer, perceber, meu valor ferramenta do vosso senhor, ohh Só quem sobrevive, entende Que a presa se entrega ao predador Marcadas costas, por tanto tempo A lealdade, conquista da dor Medrosa gratidão O cão que aparta o gado, dorme de fora e lhe sobra o osso A negra que varre o pasto no rastro atrás da riqueza do outro Chegaram no final da tarde, com a liberdade e a chave do gueto Reforma na legislação, garante o chicote no lombo do preto Pelos frutos de nossa herança, não tenho direito autoral A beleza, as cores, cantigas, sabores, tem preferência nacional, mas O samba virou bossa nova, pra branco tocar e alegrar o bordel A caneta da princesa branca, escorre a tinta manchando o papel Sou bem mais que só um dom sem voz Sou bem mais que só um dom sem voz Sou bem mais que só um dom sem voz Sou bem mais que só um dom sem voz Espelhos da alma, herdeiros da dor Presa memória, cativa Marcadas costas, por tanto tempo Som da desilusão Medrosa gratidão A lealdade, conquistada