Me contrataram pra um baile no salão do Chico Torto E eu fui uns três dias antes por lá ter muito conforto Pena que foi pra abusar um tal de Maneco Porto E agarrou pelos cabelo a pobre Maria do Orto E gritava vem que eu te espero, hoje aqui faço o que eu quero Porque o Gildo já está morto Mas não vai fazer, gauchão E eu disse pra o valentão, as tuas bravura a gente embarga E ele veio igual uma fera e foi aquele pega e larga E o meu 38 Smith começou a dar descarga E eu notei que o mal feitor passava horas amarga Gritou o velho Amarildo, parece o finado Gildo Esse tal Francisco Vargas Obrigado, xirú E o povo me arrodeava me dando agradecimento Pela maneira de agir, pelo meu procedimento E o Maneco disparou com os outros mau elemento Antes de terminar o baile enjeitei 30 casamento Mesmo assim não aceitei, aqui represento a lei Pra quem tem maus comportamento E a filha do Chico Torto fez um tremendo alvoroço Toda vestida de prenda uma morena colosso E chorava em desespero agarrada no meu pescoço Por favor papai me deixe eu ir embora com este moço E o que não se justifica se eu vou em bora e levo a Chica Dá outro angu de caroço E eu disse pra o Chico Torto, família o Vargas respeita E o fandango que eu animo não quero coisas mal feita Eu não danço e nem namoro que é pra não causar suspeita E mesmo que eu não exploro uma mocinha direita Não vim pra contar vitória foi pra defender a memória Do saudoso Gildo Freitas E já encerramo o fandango, rapaziada