Aquele homem poeta Versista bom cantador Que o Brasil conheceu Sem nunca pedir favor Na longa estrada da vida Ele encontrou um amor Se uniram e viajaram Com carinho e muito amor Os anos foram passando E os dois sempre juntinhos Uma gaita um violão Mas veio amor e carinho Logo em seguida Jesus Mandou o primeiro filhinho Depois a belina O rosto do papaizinho Os anos foram passando E os dois com a mesma alegria Beijando seu piazito E embalando a guria Sem nunca imaginar O que o destino faria Enchendo um lar de tristeza E acabando com a alegria Daquela hora em diante Ficou tudo transformado Ela partiu foi embora Deixando seu bem amado Por causa de um novo amor Deixou um espinho cravado No peito de um cantador Que morreu apaixonado A morte foi um alívio Porque tudo terminou São Pedro fez uma festa Quando esse artista chegou E Cristo, com as barbas brancas Veio arrastando as tamancas E bem assim lhe perguntou Num gesto de brincadeira Não trouxestes a sanfoneira Que a anos te acompanhou? Respondeu o cantador Me perdoe santidade Ela esta nova bonita Tocando barbaridade Vivemos 22 anos De amor e felicidade E fingia que me amava E era tudo falsidade Eu fui sincero pra ela Levantei a sua cadeira Hoje na terra lhe chamam De mais bela sanfoneira Enquanto viveu comigo Foi tão boa a companheira No fim da minha existência Foi a maior traiçoeira