Na estrada de um vilarejo Ia ao trote um gurizito De calça curta e boné Rumando o trecho solito Quando lhe aborda um ferreiro E pede por um favor Que levasse uma cunha Pra entregar a outro senhor Menino mui prestativo Atendeu o tal pedido E levou a dita cunha Ao destino prometido Mas ao chegar na morada O senhor lhe questionou Pois faltava uma cadena E o menino confirmou Só lhe trago esta cunha Nada mais foi enviado Talvez por esquecimento Ou por mal intencionado Alguns dias se passaram E então o gurizito Foi chamado com seu pai Junto ao fórum do distrito Pois tinha sido acusado De roubar a tal cadena Que não fora sido entregue Naquela tarde torena Heis então que o ferreiro Calavera por instinto Indicou por testemunha Um amigo do réu piazito E este não pode mentir Ao ver seu fiel parceiro E desvendou a verdade Que condenava o ferreiro Assim contava o velhito Essa história traiçoeira Maledeto de um ferreiro Por instinto, calavera