Não quero mais! Não quero mais! Ter que ficar me sujeitando a certas coisas Que não são de minha natureza Não quero mais! Não quero mais! Quero poder acordar um certo dia em paz Mas agora tanto faz Escravos das próprias criações Em um mundo onde não Nos deixaram opções Digo não! Não quero mais! Fazer coisas com os olhos vendados Só que essas vendas não tapam, cegam Quem sabe um dia as ilusões me levam Não quero mais! Não quero mais! Ter que ficar me sujeitando a essas coisas Só para receber o que falta por aqui Não pude escolher Fui no mundo jogado, Vomitado, cuspido e derrubado Caí em um grande buraco O buraco negro da Terra Que os seres humanos cavaram E agora nele estão se enterrando Não quero mais! Dizer sim quando quero dizer não E comer daquele pão Tal qual a fome não sacia Fico, vou, paro, faço, esqueço, lembro De um dia ter vivido O impossível ato de viver Nesse teatro que não pude escolher Onde as pessoas entram e saem de cena Com seu caderno e a pena Para fazerEM um dia acontecer Digo não! Não quero mais! Fazer coisas com os olhos vendados Só que essas vendas não tapam, cegam Quem sabe um dia as ilusões me levam Não quero mais! Não quero mais! Ter que ficar me sujeitando a essas coisas Só para receber o que falta por aqui