Em Porto Alegre, cidade Do alto alentejo cercada Morei numa casa velha A qual quis como se fora Feita pra eu morar nela De antigas gentes e traças Cheias de sol nas vidraças Das casas que tenho história Era então que sucedia Em Porto Alegre, cidade Que eu dou sem receber Um dia irás ouvir-me Quando não for tarde Irás perceber Não sei se encontrei A metade do meu ser O que sempre em teu olhar vi A luz que afaga o meu querer O farol do que vivi Das horas que pensei Dos dias de saudade Dos anos que perdi Sem ver a verdade A paixão que me fascina Tem em mim a tua cor Mosqueada em meu sorriso Entre as linhas do amor Como a musa que ilumina Cada primavera em flor Vou lutar até viver Sem levar comigo a dor Desta minha triste sina Agora sem meu pouso Amarraste-me a mim Num caminho sinuoso Tão longe de ti A cada passo sem fim Cada suspiro lutando Vou lutar até viver Sem levar comigo a dor Desta minha triste sina