Naquele mato onde cantam as gralhas 0 vento espalha chuvas de pinhão São notas musicais dos pinheirais Que a gralha canta e semeia no rincão Acende as grimpas que a tarde pinta Rios de fumaça e boas vindas pela serra Toca o cincerro seu madrinheiro Que a tropa deixa uma poesia pela terra Meu parilheiro no conta dinheiro Queimando a raia não se sofrena Bota uma pinga que eu da raça mandinga Que aqui as gringas de tão lindas são morenas Canta canta canta canta gralha azul Canta canta canta canta gralha azul Canta canta canta canta gralha azul Canta que a gente planta uma canção no sul Branco de paz o inverno é pura geada E uma nevada volta e meia se anuncia Vem 0 verão eu cevo bem meu chimarrão E vou pro tanque pra visitar as gurias Nossa senhora dos prazeres abençoa Madeira boa e vaca gorda é a la farta 0 baile lota e eu me grudo nas cambotas Que os bois de botas estão aqui pra bater patas