Folha seca desprezada Que hoje esta separada Das rosas do teu jardim Nascestes entre a grandeza Em um pomar de beleza E hoje eu te vejo assim: Pelas estradas rolando, O vento te carregando Sem ter direito a pousar Sujeita a força do vento Eu olho o teu sofrimento Fico tristonho a pensar. Eu também fui bem criado E hoje, tão desprezado Vivo a sofrer sem ninguém, Igualmente a um preregrino Jogado pelo destino Vivo sofrendo também Do meu lugar vivo ausente Não tenho nenhum parente Para prestar-me atenção Nessa existência perdida, Eu sou a folha sem vida Que vive a rolar no chão.