Ê..afoxé do mangue Que espalha meu sangue Pelo manguezal Tem gosto de muçambê Do cate-retê Som de matagal Vem, com baião de dois Tem, até samba de roda hein Com tempero e sal Eu hein, na beira do rio tem Saci pereré bem La no matagal Eu canto com alma sem descanso Não danço na corda sem bambá Minh'alma que ferve já não cansa Floresta não morre sem gritar Meu sangue derrama pelo tronco Com medo da morte se alastrar E o fogo que me queima por dentro Talvez seja tarde pra apagar