É com um pé na tribo e o outro na senzala De front para o zen, abandonando a casca Mano Preto Veio, fala nordestina É monge sendo nada é Buda sendo mina Que mora lá no morro, que nasceu na Maré Escolhe a cidade, mas a de São Thomé Ser um guru da Índia guri da Cinelândia Amar a Janaína a Deusa-Lua branca Sou tudo e tanto faz, só ilusão da mente Que finge achar defeito, num mundo concorrente (com corrente) Que vive o normal ignora o diferente Esquece do perfeito, do que nasceu pra sempre Eu busco a vida, um mantra menos miserável Conhece o infinito, proposta irrecusável De transcender agora não pensar em fugir Abandonando o ego o medo que a de vir E o medo que há de vir Ouvi dizer que a escuridão Com a luz se encontrou, se encantou Ouvi dizer que a escuridão Pela luz se encantou, se encontrou E ser o mais sincero num nível que transcende Mais um no mundo externo, Divino internamente Que tá aqui agora sem carga ou projeção Quem tá no ponto pega esse próximo vagão Pura é nossa alma, essência que é divina Com prostituta ou santa, Buda sendo mina Rumo ao infinito onde o fim morreu Quem não julgou a vida a morte transcendeu