Se era manhã de Sol, ninguém pra dizer E se chovia, era por mágoa Se o vento queria dizer, calou por si Levou palavra, jogou longe de lá Era o amor em outros trilhos, nada a fazer Que o tempo, se é de dor, não passa Da plataforma o aço bruto fingiu não ver Melhor partir, deu o sinal, já Nem tudo quer ser Nem tudo que se quer Se forma Nem tudo quer ver Nem tudo que se vê É norma Canto pra tentar me distrair E esquecer que de você, fui único Duvidei, nessa eu me trai E posso confessar diante ao público Da laje cinza da estação pude te ver E seu olhar nada olhava E eram tantos que se amavam no despedir E eu ali não era nada, a sofrer Na plataforma a dor queimava, pude entender Partir tem gosto de óleo diesel Vagões de prata estalavam não sei porque Pensei que fosse minh’alma Nem tudo quer ser Nem tudo que se quer Se forma Nem tudo quer ver Nem tudo que se vê É norma Canto pra tentar me distrair E esquecer que de você fui único Duvidei, nessa eu me trai E posso confessar diante ao público