Esta garoa me convida Pra um floreio de guitarra E a cigarra cala O canto pra escutar Solto do peito Aquele verso galponeiro Flor de campeiro Chamarreado pra pontear São nessas horas Que se encurtam as distâncias Aqui na estância Se agranda o galpão A peonada Ajeita as garra, engraxa as corda E a chuva borda O chão seco do oitão Água abençoada Despejada em manga calma Faz bem pra alma E verdeja estas canhadas A gadaria pasta Junto com o eguedo E o varzedo Mostra o viço da invernada Exala aroma De terra e campo molhado Que são banhados Pelas chuvas de verão E do barro Que se forma no potreiro Ergue ninho um barreiro Enfeitando meu rincão Pra Deus então A oração é agradecida Prece atendida Derramada aos mananciais Crescem açudes Crivados de boiadeiras Com corticeiras Que florescem banhadais