Sou filho de pai canoeiro Nasci do farol da ilha rasa Converge navio cargueiro É que sempre foi minha casa O mar me levou pelo mundo Em chão de maré rumo torno Parava no cais um segundo Deixava um romance no porto Como eu nunca volto da pena E pra quem ficou da vontade Na boca de cada morena Meu nome de guerra é saudade Ninguém teve raiva nem mágoa Nem se apaixonou por engano Porque meu caminho é de água E acaba no fim do oceano Por isso não sei jura alguma Nem deixo esperança onde eu for Escrevo com tinta de espuma As minhas promessas de amor