Canta, Marrom, ao som da batucada Não deixe o samba morrer, Morada! Estrela que faz o amor se espalhar Como um rio se entrega pro mar Bate tambor, vai ecoar A mãe Ciata chamou Bailam no sopro do vento As asas que cobrem a divina flor Lindo jardim, a exalar toda a essência da cor Brilha o astro rei, a iluminar O morro enfim festejou Um grito levanta a bandeira Espalhando a força da música No jongo, partido ou samba canção Me sinto igual uma folha caída Nos braços do povo, sagrado é meu dom Iê iê iê Maranhão Te levo no meu coração Tem bumba meu boi, eu vou Vestida de fé, eu peço axé! Embalam corações, a flor da pele, da negra pele Eternas canções, a cura dos nossos ais Mulher, tu és, um ébano de tão rara beleza Traduz a pureza, um gostoso veneno Derrama pelo chão, a doce ilusão Onde meus pés, sempre hão de tocar A bênção, Mangueira, me leva que eu vou Embarcar na estação Palácio do samba, eterna paixão