Sou Marinheiro! Sim senhor Não nego o meu natural, só não digo pra onde vou Quem me ensinou a nadar não foi o tombo do navio e nem o balanço do mar Aprendi a nadar nas águas do São Francisco, Opará Sou barranqueiro! Nasci na Bahia! Sou de Juazeiro! Naveguei de Norte a Sul, usei caxangá e mescla azul Quando um marujo vai, ele diz que vem E quando vem, ele diz que vai E nesse vai e vem, quem diz que não vai Acaba indo e também vai! Nunca fui marinheiro só jamais! Eu tinha as primas na beira do cais Sou Marinheiro, marinus, de mar e de mulher Eu me garanto! Respirei vapor de amianto e ainda estou de pé Bebi água enferrujada dos tanques de aguada, e nunca senti nada Todo marinheiro é de paz, mas ele tem chumbo e pólvora, e sabe guerrear! Não queira enfrentar, a fúria de um lobo do mar O marujo é o primeiro a entrar numa guerra, e o último a sair dela Quero lembrar do marinheiro de convés José Francisco Braga O primeiro brasileiro a morrer na Segunda Guerra Mundial Metralhado em quarenta e um por um avião do eixo do mal Quando um marujo vai, ele diz que vem E quando vem, ele diz que vai E nesse vai e vem, quem diz que não vai Acaba indo e também vai! Ser marinheiro é para sempre! Ele é um militar especializado, e até o linguajar é diferente Sua casa é o mar! Só vai em terra passear Quem foi marinheiro sempre será! Este é um título que ninguém pode tirar Os Marinheiros fecundaram as Europas, as Denaes, as Ledas As Africanas, as Índias e as Americanas Eu tenho orgulho de ter pertencido A esta classe de homens do mar, citada por Platão Quando um marujo vai, ele diz que vem E quando vem, ele diz que vai E nesse vai e vem, quem diz que não vai Acaba indo e também vai! Quando um marujo vai, ele diz que vem E quando vem, ele diz que vai E nesse vai e vem, quem diz que não vai Acaba indo e também vai! Nunca fui marinheiro só jamais! Eu tinha as primas na beira do cais Sou Marinheiro, marinus, de mar e de mulher Eu me garanto! Respirei vapor de amianto e ainda estou de pé Bebi água enferrujada dos tanques de aguada, e nunca senti nada Todo marinheiro é de paz, mas ele tem chumbo e pólvora, e sabe guerrear! Não queira enfrentar, a fúria de um lobo do mar O marujo é o primeiro a entrar numa guerra, e o último a sair dela Quero lembrar do marinheiro de convés José Francisco Braga O primeiro brasileiro a morrer na Segunda Guerra Mundial Metralhado em quarenta e um por um avião do eixo do mal