Reúne tudo Que a falange de malungo Vai baixar nesse terreiro Firma o ponto no jucá Nego ligeiro incendeia o cativeiro Abre a porta dos três mundos Pra João do catucá Abre a porta dos três mundos Pra Malunguinho passar Sou eu caboclo Encantado da floresta Tocaia pra mim é pouco O sagrado é minha flecha E na luz do catimbó Triunfei, triunfá! Na raiz do juremeiro, tem fumaça e maracá Quem um dia me quis morto Esqueceu que eu fecho corpo Na gira da jurema Êá eu sou folha no vento magia de curandeiro Êá êá eu sou o guardião da encruza, exu-trunqueiro São sete pontas no caminho, meia-noite Que anuncia toda corte pro meu povo proteger É sentinela, vela acesa na quartinha Vou até o meio-dia de preaca e oxê Vá se benzer, meu quilombo vence demanda Paga pra ver, nessa gira é Batista quem manda O libertário coroado no tambor Alujá toca ligeiro que o terreiro é de xangô Sobô nirê sobô nire mafá Sobô nirê ô sobô nirê Malunguinho desceu, a poeira subiu Viradouro incorporada taca fogo no Brasil!