A vida se assemelha a um trem cotidiano Cujas estações são os tempos, os anos Várias pessoas compõem o embarque inicial Mas nem todos chegam à estação final No meio do percurso, o fluxo difere Diversos usuários mudam a série A porta se abre em determinada estação Uns saem e outros entram na composição Às vezes entra um desnorteado Ih rapaz, peguei o ramal errado E assim vai sendo, prosseguindo o caminho Inexiste a queixa de se estar sozinho Até que chega a estação terminal Parabéns a quem foi do começo ao final Toda essa gente é aquela gente Que já esteve em meu caminho, tudo diferente Que, um dia, comigo jogou bola e pião Hoje está longe, não se vê aquele irmão Eis que surgiu outro no lugar Esse pássaro também bateu asas e se foi a voar E assim passam as estações e os anos Mudam as pessoas, mas não mudam os meus planos De te ter pra sempre no vagão do meu coração Ir contigo pela eterna via sem estação