Pela janela eu vejo a cara dela Saudades do rolê, saudades da plateia Notícias que comanda tudo Notícias que comanda tudo, depois desses muros Que me separa, que me limita Que tirou minha conquista, modificou minha vida Mas não desisto, por ela eu persisto Se não por ela, eu acabava com isto Quem abusa dela, traz luto pra favela Quem é que não está não sabe o que é ela Pela janela, eu vejo a cara dela Flor sem espinho, um dom divino Do meu caminho traçado Na falta dela desviado, mas Não está tudo acabado Corre lado a lado comigo meus aliados Equilíbrio mútuo, não discuto O passado que não quero aqui é meu escudo Sinceridade liga irmandade Anti gravidade, sou à prova de maldade Som de pioneiro pra ficar ligeiro Devidamente colocados os primeiros Sei o que faço, eu vou no passo a passo Por ela, ladrão, eu iria até o espaço Reconquistá-la talvez certa prova Custe o que custar, agora é o que me importa Outra cultura aqui dentro, aprendizado lento Sem ela chamado de detento Inesperado comoção, cadê as puta, cadê a grana Só ficou a lição Irmão, eu pergunto a você Que não tem nada a ver, só queria saber o que fazer Pra me aproximar e nela resgatar Mandar um som pros pivete não colar Pra não somar no sonho do L.A 15,33 vixe nem pensar Não queira ser um de nós em momento nenhum Apenas mais um, apenas mais um Daqui eu vejo tudo acontecer Eu tô ligado de quem, pra quem, onde, quando e por que Sobrevivente periférico entre milhões Apenas mais um igual a você Daqui eu vejo tudo acontecer Eu tô ligado de quem pra quem, onde, quando e por que Sobrevivente periférico entre milhões Apenas mais um igual a você Pela janela eu vejo a cara dela Sei que aqui ou lá não sou nada sem ela Mas também sei que agora é minha vez Quero fala mostrar pra vocês Que pra saber de paz é necessário conhecer a guerra Da serpente o remédio é o veneno dela Quem derruba cai, ficou mais capaz Pra se manter, pilantragem jamais Lei de única via, me lembro desse dia Por ela abandonado então assim nascia A harmonia, a rima, a ideia Talento descoberto na ausência dela Pela janela eu vejo a cara dela Não há rancor, eu sei que ela me espera De braços abertos, no momento certo Eu sei que lá fora o meu time está completo Aqui o salve eu deixo confirmado Pra quem se foi lá fora Pra quem se foi guardado Pra quem chorou, com certeza o tempo passa Pra quem tá aqui ele se arrasta Então disfarça, eleve o pensamento ao céu Esqueça treta, esqueça do banco de réu O meu papel foi escrito por ela Prospera quem espera e a rua considera Favela, pensa em mim de forma única Nem sempre quem ensina é o exemplo da conduta Mas aí, telepatia não há barreira A grade não para a arte verdadeira A detenção não valoriza ninguém Nesse sequestro, eu sou o refém Não queira ser um de nós em momento algum Apenas mais um, apenas mais um igual a você Daqui eu vejo tudo acontecer Eu tô ligado de quem, pra quem, onde, quando e por que Sobrevivente periférico entre milhões Apenas mais um igual a você Daqui vejo tudo acontecer Eu tô ligado de quem, pra quem, onde, quando e por que Sobrevivente periférico entre milhões Apenas mais um igual a você Pela janela eu vejo a cara dela Imagino onde estaria lado a lado com ela Será que dei valor pro meu rolê? Sera que isso representa algo pra você? Então porque ninguém percebe o que tem E para pra pensar só quando perde alguém? Tem muito mano certo no movimento errado Agora eu sei que sem ela é embaçado Mesmo que na favela dei valor a ela Não há dinheiro que pague o preço dela Na madrugada as putas de balada Eu e meus parceiros ela e a cromada Tudo envolvido, mas nada definido Entre a vida e a morte só 9 milímetros Ela não é a vida Ela não é a morte Ela é meu sonho Ela não é a sorte Pela janela eu vejo a cara dela Esperança do mundo, meu sonho Liberdade