O pássaro voa ele já vai de abalada No bico leva a carta com a minha morada Pra porta da minha amada Às 4 da madrugada Pra porta da minha amada Às 4 da madrugada Malmequer ou bem me quer, amor vira aposta Pétalas que vão com o vento deixam a resposta Do 8 ao 80, sem saber a ementa, mas se o prato sou eu sei que ela ainda gosta Sei que já não dormes bem, quando tás sozinha Cama que era nossa agora espaço em demasia De um peito quente a uma almofada fria Moldura em cima da cómoda sem fotografia Entre o campo e o jardim verdejante Ao teu lado um eterno viajante És pétala pura doce em amargura mata-me a secura travo a espumante 6 da matina e eu de trás para a frente A afogar a mágoa que está a alma sente Queres voltar ou não? Por favor não mente Sempre ouvi dizer que quem cala consente Por vezes não vou poder estar mas O melhor de mim eu vou dar Independentemente de errar No final das contas vou cá estar O pássaro voa ele já vai de abalada No bico leva a carta com a minha morada Pra porta da minha amada Às 4 da madrugada Pra porta da minha amada Às 4 da madrugada Eu calo cansada de esperar Que encontres em mim o teu lugar A luz já não reflete no meu olhar Talvez tenhas que ser tu a procurar Eu não sei se ainda quero ser tua A tua carta não chegou à minha rua Não tentaste, não andaste, nem lutaste por mim Tenho medo que isto possa ser o fim O pássaro voa ele já vai de abalada No bico leva a carta com a minha morada Pra porta da minha amada Às 4 da madrugada Volta para mim Volto para ti Às 4 da madrugada