Hoje eu decido, sem temer, de peito aberto Decretar ao mundo que me faço um deserto Você me fez rainha de um reino que jurou Mas o trono era mentira e tudo enfim se revelou Eu construí castelos, mas as mãos tavão vazias Teu amor foi minha leis, minha força, o meu guia Mas tua traição, egoísta, foi fatal Rasgou os meus sonhos, pôs ao reino um final Decreto assim, portanto, vou cessar o meu chorar E sobre essa coroa, não à toa revogar Meu reino te foi pouco, desculpar-se já é vão Prefiro a solidão que seguir a me enganar Com lágrimas assino, mas agora é real Coração é tribunal e restou-me te exilar Você bancou o rei, e um dia prometeu Um império puro e belo, mas que nunca aconteceu Agora o teu tempo, que me trouxe tanta dor Não passa de um decreto que o tempo apagou Banquete de tristezas, um brinde ao nosso fim Um reino de mentiras despedindo-se assim Teu trono está vazio, tua máscara no chão E eu que coroava, agora digo não Decreto assim, portanto, vou cessar o meu chorar E sobre essa coroa, não à toa revogar Meu reino te foi pouco, desculpar-se já é vão Prefiro a solidão que seguir a me enganar Com lágrimas assino, mas agora é real Coração é tribunal e restou-me te exilar Que se queimem os papéis, desfaçam juramentos E também promessas vagas levadas pelos ventos Reescrevo minha história, e decreto minha paz No meu reino entra só quem não me passa para trás Decreto assim, portanto, que irei recomeçar Esse meu coração, vai de novo enfim brilhar Meu reino é liberdade, é conciso e sem grilhões E quem vier a ele, traga boas intenções Decreto assim, portanto, vou cessar o meu chorar E sobre essa coroa, não à toa revogar Meu reino te foi pouco, desculpar-se já é vão Prefiro a solidão que seguir a me enganar Com lágrimas eu faço esse decreto algo real Você foi exilado, tá encerrado, e agora tchau