Onde é que estou? Como é que estou? O que farei? Em tempo e espaço, no meu passo Se já caí Se já subi Ainda não sei Se os dias passam ou se continuam a me despistar Nem tudo o que disseram posso aceitar Nem todo meu desejo traz o bem estar Talvez agora eu tenha que descansar Onde eu cheguei? Como eu cheguei? Como alcancei? Essa certeza de que eu quero não querer mais do que eu posso dar Diante dos meus olhos não existe altar Melhor reconhecer do que se acostumar Com tudo o que não dá pra recomeçar Por mais que o tempo aponte o dedo Eu não tenho a esconder nenhum segredo Por mais que exista entendimento Eu não aceito que me encarem com lamento Eu posso me despedaçar E me lançar de corpo e alma em alto mar Eu posso tudo, desde que eu possa te dizer Que a vida passa como um vendaval Resvalando em caminhos escuros Levando quem está em apuros Pra outro patamar Eu não sei se você sabe Que isso não lhe cabe Não posso decifrar nosso futuro então Me aguarde do outro lado E deixe tudo ser O que deve ser Não quero acertar as contas De uma dívida que eu nunca fiz Não quero me estabelecer Como um mártir que não tem nenhuma cicatriz Por mais que o tempo dê largada Não existe um fim para a minha jornada Eu realmente só quero te dizer Que a vida passa como um vendaval Resvalando em caminhos escuros Levando quem está em apuros Pra outro patamar Eu não sei se você sabe Que isso não lhe cabe Não posso decifrar nosso futuro então Me aguarde do outro lado E deixe tudo ser O que deve ser