Vivo com o fone no ouvido, eu tenho fome de ser ouvido Por sonhos e sons eu me ensinei a ser movido Despertei no hip hop, sou o Sidarta do rap Iluminado, vim lembrar do que vocês esquece Mas tá difícil meditar pra ter a mente calma É tanta violência, tantos temores e traumas A rua sempre fica cada vez mais perigosa Homens assediam mulheres e se acham foda Realidade Psicose, sua veia se entope Tipo heroína, injeta e relaxa até a morte Mas eu tô preparado, arco e flecha no porte O objetivo é derrubar o maldito ciclope Eu queria saber qual é a imagem da vingança Seria a cegueira e o ego juntos numa dança? Eu dou um nó na sua cabeça tipo uma durag Você me entende? Você sente a força do rap? Quando você não tiver nada É o momento certo pra você nadar Contra a onda, contra a onda Contra a onda, contra a onda Garotos do interior com sonhos de cidade grande Construindo coisas de um nada tão gigante Lá na frente claramente eu consigo ver Nois quebrando tudo, fazendo várias turnê Alguém como eu querer sucesso É tipo alguém querer olhar pro sol de perto Você pensaria que seria um castigo Mas eu sou nordestino e o sol sempre esteve comigo, por isso eu brilho Vender livros vai se tornar tráfico Autoritarismo, pra eles, é bem mais prático Clássico, destilam ódio igual veneno Sob o sereno é mais um cadáver moreno Eu tenho uma missão e é isso que me conduz Juntar pessoas igual mosquito junta na luz O risco não reduz mas peço por esperança Na luta pela vida o espírito nunca cansa Quando você não tiver nada É o momento certo pra você nadar Contra a onda, contra a onda Contra a onda, contra a onda