Não me esqueço da data Em que aquela ingrata Me trocou por você Eu saindo da Igreja Me afogando em cerveja Perguntando o porquê Saiba que em cada gole Eu chorava a prole Que com ela eu teria Não há quem me console De ver tanto rissole Numa festa vazia E ela pode estar certa Que a dor ainda aperta Como ferida aberta e não vai passar Até que ela resolva Escutar quem a louva E voltar de grinalda pro nosso altar E se ela não volta Não adianta escolta Pois a minha revolta será bem cruel Eu orquestro um sequestro Seu amor eu adestro Só pra ter uma noite de Lua de mel Vou fazer a desforra Quando em minha masmorra Eu virar a gangorra da sua mulher Diga àquela cachorra Que por ela há quem morra Mas que sei que é você que ela ama e quer Vocês têm até filho Mas se agora eu me humilho É porque você soube escolher muito bem Ela era meu brilho Estou com a mão no gatilho Pra casar com a morte que é o que me convém